domingo, 11 de janeiro de 2009

Mapas e Web, SIG-WEB

Olá a todos,

Hoje vou falar sobre Mapas e Web, ou em termos mais técnicos, Sistemas de Informações Geográficas na Web (SIG-WEB). A definição de SIG já é vasta, cada autor define este termo de uma maneira um pouco diferente. A definição do termo SIG-WEB também não foge a essa discussão, porém não vou me ater a isso agora.

Meu projeto final de graduação em Ciência da Computação foi sobre esse tema. Tais sistemas Web que servem mapas já existem há um bom tempo, todavia eram usados por um nicho de usuários e desenvolvedores bem mais específico do que hoje. O grande marco nesse tipo de serviço envolvendo mapas na Web foi o advento do Google Earth e Google Maps, onde o grande público foi alcançado e qualquer pessoa pode manipular minimamente um mapa para visualizar sua casa ou qualquer outro lugar de interesse sobre o globo terrestre.

Esse tipo de serviço deram tão certo que viraram assunto de capa de inúmeras revistas, só as últimas que me lembro são a Info Exame desse mês (janeiro de 2009) da editora Abril e a revista InfoGeo do mês de novembro de 2008 da editora MundoGeo. Outro destaque foi na Info Exame do mês de dezembro, onde "Mapas na Web" é apontada numa matéria como uma das dez tecnologias importantes que as empresas precisam investir na área de TI em 2009.

Não acho que seja por menos, nosso cotidiano depende de distâncias, localizações e inúmeros fatores que são otimamente representados por meio de mapas. Por exemplo, qualquer pessoa quando saí de casa para entretenimento pensa: como chegar ao local, qual o ponto de referência, se existe um estacionamento perto, se existe metrô ou outro transporte público próximo e etc...

Além disso, uma série de fenômenos e eventos são mais expressivos em mapas do que num texto corrido, numa tabela ou num gráfico. Um mapa de criminalidade, por exemplo, permite estudar a concentração espacial de crimes num bairro. Posso citar como outro exemplo também, mapas da área urbana de um município em anos distintos que permitem estudar a avanço da cidade em áreas de preservação ambiental. Esses estudos seriam muito limitados se não fossem realizados sobre mapas, ou em termos mais técnicos, fossem geograficamente referênciados para aplicarmos geoestatíticas, sobreposição espacial de dados (overlay) e inúmeras outras ferramentas.

Enfim, os mapas têm as mais diversas finalidades e já se sabe há muito tempo que a Web é um ótimo canal para difusão de dados e serviços. Unindo isso a tecnologias certas, com uma interface amigável a qualquer usuário iniciante e dispondo tais serviços gratuitamente, tem-se a receita para a explosão que observamos.

Segue dois links que utilizam mapas para alguns dos fins mais inusitados que já encontrei na Web:
Mapa da coxinha - Melhores lugares para se comer salgados na capital paulista
Ground Zero - Jogue uma bomba nuclear ou um asteróide num local a sua escolha e veja o estrago

Para quem for da área de Computação ou afins e quiser conhecer a história desses sistemas numa visão mais técnica, recomendo o livro Banco de Dados Geográficos, disponível gratuitamente aqui. Este livro foi organizado e editado por: Marcos Antônio Casanova (Professor da PUC/RJ), Gilberto Camara (atual presidente do INPE), entre outros. O capítulo 10 fala sobre a evolução desses sistemas, mas infelizmente não aborda a explosão de popularidade atual, pois foi finalizado um pouco antes do mesmo.

Em breve voltarei a falar mais sobre o assunto.

Saudações...

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